Porque Maiúsculo é o que dizemos das letras que começam as histórias, os contos, romances, tragédias. Maiúsculo é grande, importante, imponente. Maiúsculos somos nós, cheios de minúsculos, cheio de retroflexos, cheios de nós a serem desatados, atados, alados, amados...
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Longe é um lugar...
Continuei a passos curtos e vagarosos minha caminhada entre as estantes. Apesar de estar caminhando lentamente, não havia parado para, delicadamente, colher alguma flor desses imensos canteiros de conhecimento. Mas foi neste momento que algo aconteceu. Um livro saltou da prateleira e caiu na minha cabeça. Livro sazonado, maçã de Newton.
Fruto maduro, cor de laranja e um pássaro na capa. Uma águia, simbólico, essa idéia mística de ressurgir das cinzas. Havia também um sol e em letras pretas o título “Longe é um lugar que não existe” – Richard Bach. Criatura e Criador. O título é conhecido por nós.
Coloquei de volta o pequeno livro na grande estante, mas ele tornou saltar, abrindo dessa vez suas folhas como se fossem asas e pousou sobre minhas mãos... Asas abertas e mensagem no bico “Cada presente de um amigo é um desejo por sua felicidade”.
No meio dessa peripécia do acaso, lembrei-me que jamais estivemos distantes. Afinal, te guardei comigo como se fosse livro-pássaro, asas abertas, carregando conhecimento, sentimento e tantos outros alimentos para fazer crescer forte e poder alçar vôo tudo isso de bonito que guardo no meu ninho.
“E no meio do Aqui e do Agora, não acha que podemos nos encontrar de vez em quando?” Sigo dizendo – ave do meu ninho – quando se está dentro da gente, “Longe é um lugar que não existe!
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Diálogos mudos
domingo, 8 de agosto de 2010
Eu, pronome possessivo, SUA
Pra satisfazer meu ego, pra minha satisfatoriedade,
Pros meus pensamentos, pras minhas verdades.
Teu rosto ao lado, tua mão em mim
Teus olhos sorrindo, tuas obras enfim...
Seu suor, sua sonoridade
Seus desejos, suas vontades.
Nosso meio, nossa querência
Nossos anseios, nossas freqüências
Vosso pedido, vossa alegria
Vossos suspiros, vossas euforias
Seus abraços, suas rimas para a lua
Seu encanto e eu, pronome possessivo, sua!
terça-feira, 20 de julho de 2010
Imagem em ação I
E para começar, bastava existir. Sabia argumentar sobre toda e qualquer teoria, era capaz de explicar com prática o porquê de certos acontecimentos, e a prática era adquirida por seu constante exercício de imaginar. Imaginava que a resposta para todos os questionamentos estavam, na verdade, dentro de cada um, mas era contra a idéia de dizerem que elas ficavam armazenadas no coração, para ela, o fígado, pâncreas e rins também eram bons guardadores de respostas. Ora, quem nunca depois de um copo, dois, ou vá lá, três copos de cerveja não tenha bloqueado sua razão e liberou do fígado aquela resposta que há anos buscava incessantemente? Uma boa pedra no rim também era capaz de fazer alguém no ápice da dor, atingir o metafísico e resgatar o perdido das idéias.
Vivia num universo paralelo e com isso habitava dois espaços sendo apenas uma, sem interferir na lei da física que propõe que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço porque o ela fazia era exatamente o contrário...
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Das estrelas
No chão do meu quarto vejo estrelas. De repente, nessa filosofia do espelho resolveram mudar de lugar e agora habitam o chão, que eu deitada de cabeça rente ao assoalho, imagino ser o infinito do céu.
Do chão do meu quarto vejo flores na parede e um girassol na janela. E quando fico com os pé rentes ao assoalho e danço no ritmo da minha melodia interior, vejo girar na minha imaginação as cores que compõem meu espaço.
Em cima da minha cabeça a luz, a idéia, a lâmpada... O metafísico!
No chão do meu quarto vejo estrelas, e eu sei, elas também me vêem...
segunda-feira, 7 de junho de 2010
SEU NOME
No começo era o verbo
Que desencadeou um’ação.
Do sorriso veio o plural
Da singularidade, a admiração.
No começa era a idéia
Que desencadeou em poesia
De um fato veio a vontade
Do que há tempos já se queria
E a mão antes fria e solitária
Não sabia como se portar
Mas comportou-se direitinho
No verbo segurar.
Das rimas pobres, do poema sem forma.
Surgiu assim o pronome
Que pela possessividade da minha autoria
Sabiamente leva seu nome.