terça-feira, 11 de agosto de 2009

Des-culpe-me

E diante da situação ele me pediu desculpas. A palavra entrou forte em mim, e por instantes o mundo parecia ser aspirado por uma centrífuga, e eu, me perdi em pensamentos.
Des-culpar, tirar a culpa. Jamais tiraria a culpa dele, afinal ele cometeu uma injustiça, e des-culpá-lo seria não permitir que a consciência dele fosse visitada. Eu estaria traindo a condição humana. Não, eu não o des-culparia. De forma alguma...
E como se um filme tivesse ido para os comerciais, acordei com ele chacoalhando-me os braços e perguntando frenéticamente: "E então me des-culpa?".

Beijei-lhe a testa e disse:

"Des-culpar não posso, você já fez, é preciso assumir sua culpa. Mas perdoar, isso posso, e quer saber? Está mais que perdoado!"

Um comentário:

  1. Eita, moça que se dá bem com as palavras. Com as ideias... Com o coração.

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