domingo, 16 de agosto de 2009


Meu coração se assemelha a um instrumento musical, dependendo de quem o toca (e como toca) é capaz de desabrochar duetos incríveis evocando o mais sublime dos amores em perfeita harmonia!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Des-culpe-me

E diante da situação ele me pediu desculpas. A palavra entrou forte em mim, e por instantes o mundo parecia ser aspirado por uma centrífuga, e eu, me perdi em pensamentos.
Des-culpar, tirar a culpa. Jamais tiraria a culpa dele, afinal ele cometeu uma injustiça, e des-culpá-lo seria não permitir que a consciência dele fosse visitada. Eu estaria traindo a condição humana. Não, eu não o des-culparia. De forma alguma...
E como se um filme tivesse ido para os comerciais, acordei com ele chacoalhando-me os braços e perguntando frenéticamente: "E então me des-culpa?".

Beijei-lhe a testa e disse:

"Des-culpar não posso, você já fez, é preciso assumir sua culpa. Mas perdoar, isso posso, e quer saber? Está mais que perdoado!"

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Quando os olhos veem

Dizia-se outro dia
Ingrato do marido
matou a pobrezinha
Labutava toda noite
Assossegava pelo dia,
o dito, desconfiado
Sondou Joaninha
Encontrou o que não queria
Acabou-se a gracinha!
Ainda dizia-se outro dia
Ingrato do marido...


............................................Marco Antonio Secco 06/2003

Decreto II - Há preço



Fica decretado que a partir de hoje o importante será o valor das coisas, e não o preço.
Uma vez que apreço não se compra, certo?!?
Mais vale uma flor roubada com amor, que um buquê caro comprado pelo telefone...

Decreto I - Há braços


Fica pois, aqui decretado que, excepcionamente todos os dias distribuirei abraços. E todos aqueles que não gostarem, podem devolver com a mesma intensidade ou mais forte! Esse é meu primeiro legado!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

E na parede do meu quarto...

Eu poderia citar Neruda.
Eu poderia usar da neurobiociência de vanguarda.
Descrever em milhares de detalhes que passam desapercebidos.
Contudo, resumo:
Me olha nos olhos,
Encoste tua mão na minha,
Pouse-a em meu rosto
E abraça-me forte, como se a idéia de soltar fosse a de deixar esvair a própria vida.


.................................... Ivan T. Gomes.01/08/2009.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Sorriso com dente-de-leão


Ao meio de pequenas manifestações íntimas, grandes desejos de estar perto, em meio a camas juntas, mãos entre mãos, cabeça delicademente entre outras mãos, sonhos de abraços fortes, de corações ao mesmo ritmo, de bocas cheias de dizeres de amor, de bocas coladas aos pés do ouvido, de pele arrepiada, de lugares para se visitar. De textos anexados, de viagens programadas, de passagens em pesquisa, da manifestação do valor e não do preço. Em meio às conexões entre fios e milhares de quilômetros de distância... No meio de compromissos e não promessas, em frente ao não visto, ao lido e ao escrito. Na crença de um futuro bem perto de uma porta se abrindo, de fotos postadas, de mãos dadas... No meio do avesso, surge o pedido:

"Me dá um dente-de-leão pra eu soprar ao vento?"

Ele sem pestanejar ou fazer qualquer intervenção da dificuldade em encontrar um, responde:

"Dou, quantos você quiser, se não estiver ventando, eu sopro pra você soprar!"

E um sorriso mútuo pairou sobre o ar, percorrendo todos esses quilômetros, como dentes-de-leão ao vento, que ao cairem em terra, novos da mesma espécie farão brotar!