Ele devia ter uns 80 anos, sob seus cabelos curtos e brancos descansava uma boina de cor azul escura, vestia-se com uma calça de brim azul marinho, uma camiseta branca e um colete fechado também azul marinho. Ao fundo uma música que lembrava infância, um som com cheiro de chocolate e balas de mação verde. O senhor tinha um ar sóbrio e sério, e nas mãos um algodão doce cor-de-rosa. Que contraste encontraste; A música em contraste com os anos vividos expressos na cor dos cabelos do menino senhor, a roupa escura e discreta em contraste com o algodão cor-de-rosa, a seriedade quebrada a cada mordida.
E aquela cena não me sai da cabeça, o dia em que conheci a poesia vestida de terno azul e algodão doce na lapela, dançando ciranda na minha imaginação.
quanto carinho e quanta doçura...
ResponderExcluiruma experiência dessas não sai tão fácil da mémoria...e como vc falou da ciranda vou te mandar esse trecho de uma letra de Siba e Céu que vem bem a calhar com essa história:
"Só pode ser
Coisa de feitiçaria
Arrilia do sotaque
É tão bom que até arrepia
Cantar ciranda
É como fotografia
Faz morada na memória
Desde o primeiro dia"
[Cantar Ciranda - Siba e Céu]
xeros linda Mel =)
A seriedade quebrada a cada mordida;
ResponderExcluirO passo na chuva
O beijo final
A vida partida
A onda serena
Frases como esta estimulam a leitura de um ser frio.
Quando acalma a vida de um ser enérgico.
É ai que está a transformação da mente
É neste ponto que esta a mudança das vidas.
André Gasparini^^