sábado, 14 de março de 2009

Com amor, algodão doce.

Ele devia ter uns 80 anos, sob seus cabelos curtos e brancos descansava uma boina de cor azul escura, vestia-se com uma calça de brim azul marinho, uma camiseta branca e um colete fechado também azul marinho. Ao fundo uma música que lembrava infância, um som com cheiro de chocolate e balas de mação verde. O senhor tinha um ar sóbrio e sério, e nas mãos um algodão doce cor-de-rosa.
Que contraste encontraste; A música em contraste com os anos vividos expressos na cor dos cabelos do menino senhor, a roupa escura e discreta em contraste com o algodão cor-de-rosa, a seriedade quebrada a cada mordida.
E aquela cena não me sai da cabeça, o dia em que conheci a poesia vestida de terno azul e algodão doce na lapela, dançando ciranda na minha imaginação.

2 comentários:

  1. quanto carinho e quanta doçura...

    uma experiência dessas não sai tão fácil da mémoria...e como vc falou da ciranda vou te mandar esse trecho de uma letra de Siba e Céu que vem bem a calhar com essa história:

    "Só pode ser
    Coisa de feitiçaria
    Arrilia do sotaque
    É tão bom que até arrepia
    Cantar ciranda
    É como fotografia
    Faz morada na memória
    Desde o primeiro dia"

    [Cantar Ciranda - Siba e Céu]

    xeros linda Mel =)

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  2. A seriedade quebrada a cada mordida;

    O passo na chuva

    O beijo final

    A vida partida

    A onda serena

    Frases como esta estimulam a leitura de um ser frio.

    Quando acalma a vida de um ser enérgico.

    É ai que está a transformação da mente

    É neste ponto que esta a mudança das vidas.

    André Gasparini^^

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