E era como se em cada uma delas, conforme iam sendo pintadas, uma nova história fosse contada.
Nos mínimos, os detalhes. E a cada indicador os modelos destacados pelo pincel. De médio a longo os prazos, toda a tragédia, ops, toda a trajetória era moldada nos milímetros das unhas. As cenas anelares, polegadas de sentidos. Mais tarde, o algodão embebido no removedor retirava os excessos, nos cantos... pequenos borrões signicativamente significativos. E nesse instante perdi o paralelo com meu interior... não encontrei um removedor que fosse capaz de retirar meus excessos.
E mergulhada no meu vermelho interno, na constante escassez de desejos, parcimônia de tristezas nutridas, agarrei-me à poesia do limiar do meu eu-profundo... e assumi o vermelho das minhas unhas como uma harmonia do vermelho da minha intensidade particular.
E me abri. Me abri a novos prazeres, novos desejos, novos tons, sabores, novos sons... Toda rubra, toda viva, tal qual todo agora estou!