Era como se o abraço não fosse completo. Faltava alguma coisa... um vazio tomava conta dos corpos e sobrava espaço dentro do abraço.
A situação era inquietante, o outro lado fazia força pra fechar o abraço, e foi quando descobri que o vazio estava em mim.
Meus braços tornaram-se indolentes e a apatia começou a brotar pelo espaço que estava ali, ocioso.
Foi quando me dei conta que algo só sobra quando está cheio demais... e dá pra sobrar vazio?
Sobrou silêncio...
E num impulso, num sôfrego por tornar-se cheio, me apertei contra o outro abraço, um contra que se converteu em favor. E o abraço se completou, tão intenso, tão imenso, tão abraço...